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Ciência da Computação
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Um estudo sobre a acessibilidade tecno-pedagógica no ingresso, permanência e naconclusão dos estudos técnicos e científicos de alunos com deficiência visual nos cursos de informática do IFSULDEMINAS Campus Muzambinho

04/07/2018

Período de vigência: 01/05/2012 - 01/04/2013
Tipo de projeto: Pesquisa aplicada
Status: Finalizado
Equipe:
Marcelo Fassbinder (Orientando)
Aracele Garcia de Oliveira Fassbinder (Orientador)
Ricardo Marques da Costa (Colaborador)
Geraldo Russo Filho (Colaborador)
Bruno Welber Pereira (Colaborador)
Heber Rocha Moreira (Colaborador)
Ana Cláudia Luiza de Sousa (Colaborador)
Antônio Carlos Luiz de Sousa (Colaborador)

O relatório “Grandes desafios da pesquisa em Computação no Brasil para 2006-2016”1 é resultado do encontro realizado em 2006, em São Paulo, organizado pela Sociedade Brasileira de Computação e patrocinado pela FAPESP e CAPES, onde diversos pesquisadores brasileiros influentes na área da computação se reuniram com o objetivo de gerar um conjunto de cinco Grandes Desafios para a Computação no Brasil, acompanhados de uma especificação clara e sucinta da visão para o tratamento do problema em foco.  Um destes desafios diz respeito ao acesso participativo e universal do cidadão ao conhecimento. Apesar da Tecnologia da Informação ter contribuído para a renovação das formas de comunicação e trabalho dos cidadãos, ainda existem barreiras sociais e tecnológicas que prejudicam o acesso universal.

    Segundo o Jornal Nacional2, dados do Censo 2010 contabilizaram 45 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência severa. Este número representa 24% de toda a população brasileira. As deficiências mais comuns são: visuais, auditivas, motoras e mentais. Segundo a pesquisa, mais de dois milhões de pessoas afirmaram ter deficiência auditiva grave; mais de quatro milhões declararam ter problemas motores severos; e o maior número disse ter uma grande dificuldade ou nenhuma capacidade de enxergar. Em muitos casos, a pessoa tem mais de uma deficiência. Por consequência, não se pode esquecer que o percentual de PNE´s atuantes no mercado de trabalho e alfabetizados é bem menor que o índice de pessoas sem nenhum tipo de necessidade declarada.
O movimento mundial e nacional por uma educação inclusiva e acessível é uma ação política, cultural e social, estabelecida em defesa do direito de todos os alunos participarem das atividades e aprenderem juntos, sem nenhum tipo de discriminação ou exclusão. A educação inclusiva pode ser definida como um paradigma educacional cuja base é a garantia dos direitos humanos e onde a igualdade e diferença são valores indissociáveis. Mas é necessário reconhecer que as dificuldades enfrentadas nos sistemas de ensino evidenciam a necessidade de se criar alternativas para superá-las. Sendo assim, a educação inclusiva assume um papel crucial no debate sobre a evolução da sociedade moderna e das instituições de ensino, na tentativa de superar a exclusão e promover a acessibilidade dos alunos e a sua inserção no mercado de trabalho.
Nesta perspectiva, o Ministério da Educação/Secretaria de Educação Especial tem criado programas sociais que colaboram com o desenvolvimento de sistemas educacionais inclusivos, a fim de que os mesmos possam contribuir com uma mudança estrutural, cultural e social do papel da escola, para que todos os alunos tenham suas especificidades e necessidades atendidas. Neste contexto, está em processo de implantação o Núcleo de Apoio aos Portadores de Necessidades Especiais, NAPNE, do campus Muzambinho, recentemente criado pelo Diretor responsável. Segundo este núcleo, cerca de 30 alunos possuem algum tipo de necessidade especial. Destes, 4 são deficientes visuais e atualmente cursam o técnico em informática integrado ao ensino médio ou a distância.
O ingresso destes alunos portadores de necessidades visuais no curso técnico em informática do campus Muzambinho mostrou o quanto as instituições de ensino, na maioria das vezes, não possuem estrutura física, tecnológica e pedagógica para facilitar o acesso destes alunos portadores de necessidades visuais à informação. E estando preparadas ou não, se vêm frente à obrigatoriedade de aceitar tais alunos. E isso não é um fato isolado do campus em estudo. Em (OLIVEIRA, 2010), (LIMA; SANTAROSA, 2003) e (ROZA et al, 2010) por exemplo, é possível perceber que as ações de inclusão dentro do ambiente escolar se tornaram mais efetivas após o ingresso de alunos cegos que se depararam com uma situação em que o ambiente escolar não era acolhedor e acessível, do ponto de vista físico, tecnológico e pedagógico.  Sabe-se, porém, que a permanência destes alunos nos ambientes de ensino requer várias medidas que possam igualar as oportunidades de aprendizagem entre eles e os alunos sem deficiência registrada. Estas medidas envolvem desde adaptações físicas e arquitetônicas, até adaptações em materiais didáticos, capacitação dos docentes e o uso de recursos tecnológicos que possam contribuir com a aprendizagem e a inserção destes alunos no mercado de trabalho.
Este projeto de pesquisa se atêm a uma investigação, no âmbito da Informática na Educação, sobre a acessibilidade às tecnologias de informação e comunicação (TIC´s) utilizadas como apoio educacional por alunos com necessidades visuais nos cursos técnicos em informática (presencial e a distância) e no curso superior em Informática (Ciência da Computação) no IFSULDEMINAS Campus Muzambinho. Ou seja, o projeto tem como objetivo um estudo teórico e aplicado sobre a acessibilidade humano ou homem-computador e, de forma específica, uma análise sobre os recursos de acessibilidade tecnológicos-pedagógicos (ou tecno-pedagógicos) para alunos portadores de necessidades visuais. O projeto procura responder à seguinte pergunta: “Quais recursos tecno-pedagógicos os alunos portadores de necessidades visuais necessitam para desempenhar com eficiência as tarefas escolares e as futuras atividades dentro de um contexto técnico-profissional” ? A preocupação com o desempenho profissional e o acesso ao mercado de trabalho, neste caso, possui uma influência significativa do fato destes alunos estudarem em um Instituto Federal de Educação Tecnológica cuja missão3 é promover a excelência na oferta da educação profissional e tecnológica em todos os níveis, formando cidadãos críticos, criativos, competentes e humanistas, articulando ensino, pesquisa e extensão e contribuindo para o desenvolvimento sustentável da região onde está inserido, neste caso, a região sul do estado de Minas Gerais. E o enfoque sobre o cursos técnicos e superiores em informática, tanto na modalidade presencial, quanto na modalidade a distância, se dá em um momento em que pesquisas evidenciam que a inclusão digital passa a ser uma questão de alta relevância pelas suas características em propiciar novas formas de conhecimento, formar redes sociais de saberes, de relacionamento entre pessoas e de inclusão social.
Um dos resultados que se espera alcançar é a organização e a disponibilização de um Repositório Virtual com objetos de aprendizagem específicos para alunos portadores de necessidades visuais em cursos da área de informática, seja na modalidade presencial ou a distância. Objetos de aprendizagem são recursos digitais (ou não) que possam ser reutilizados no ensino e normalmente são distribuídos na internet através de sistemas repositórios específicos. Já existem algumas iniciativas neste contexto, tais como (RIVED, 2003), (FUTURO, 2009) e (CESTA, 2003), mas elas não contemplam, de forma específica, os deficientes visuais e nem um contexto focado em cursos de Informática. Pode-se declarar que este fato, aliado às primeiras experiências de ensino para DV´s em cursos de Informática formam a base de justificativas para este trabalho, além das informações já citadas nos parágrafos anteriores.
A execução da pesquisa e os resultados obtidos vislumbram a possibilidade de beneficiar além de alunos com deficiências visuais dos cursos de informática do campus Muzambinho, alunos com deficiências visuais de outras instituições de ensino, principalmente daquelas onde o IFSULDEMINAS atua, uma vez que não existe nenhuma ação significativa, neste sentido, na região atendida por esta instituição. Além disso, este trabalho pode originar outros estudos relacionados com outras necessidades, tais como a surdez.